terça-feira, 16 de agosto de 2011

Birdwatching na Serra Catarinense

CORUJADA NA SERRA CATARINENSE - I

Uma das atividades mais empolgantes na observação de aves é a corujada. Em meio à escuridão total da mata, munido com uma boa lanterna e repetindo o pio da espécie a ser observada, é o que basta para visualizar as corujas dando voos baixos em direção ao playback e vindo pousar muito perto, sempre em galhos perfeitos proporcionando belas composições fotográficas.
Juntamente com meu filho Lesther, minha esposa Soraya e tio Walter, tivemos na região de Matador/Bom Retiro-SC, momentos alucinantes neste final de semana . Logo que entramos na mata e reproduzimos o som do pio da Corujinha-do-sul (Megascops sanctaecatarinae) já ouvimos vários indivíduos de perto e longe responderem e em questão de segundos estavam voando bem próximos de nós. Como eu e o Lesther estávamos fotografando é sempre interessante contar com o apoio de alguém para ser o “lanterninha” da noite, papel esse muito bem desempenhado pelo tio Walter e Soraya. Pois, assim que a coruja pousa, a lanterna deve ser dirigida para a ave facilitando para o fotógrafo conseguir foco o que às vezes é dificultado pela falta de luz. Um bom flash é importante para se obter registros livres de ruídos nas imagens.     

A espécie que encontramos é conhecida popularmente como Corujinha-do-sul, mede 28 cm de comprimento. Simpátrica (1) com a Corujinha-do-mato (Megascops choliba)  e com a Corujinha-sapo  (Megascops atricapilla) apresenta três fases distintas de coloração de plumagem (marrom, cinza e ruiva). Alimenta-se de insetos, aranhas e pequenos vertebrados. Os machos começam a vocalizar no crepúsculo, durante o período reprodutivo, o que ocorre entre agosto e setembro. Nidifica em ocos de árvores ou em ninhos de pica-pau de grande porte. Apenas a fêmea incuba os ovos, sendo alimentada por seu parceiro nesse período. Possui hábitos estritamente noturnos e ocasionalmente crepusculares. Durante o dia, dorme em meio à densa folhagem nas árvores. Vive em áreas semi-abertas e florestas de araucária.  Ocorre apenas no sul do Brasil.






1- Simpátrica - divergência genética de várias populações de uma espécie parental única e que habitam a mesma região geográfica, de modo que essas populações se tornam diferentes.  




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