quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Birdwatching na Serra Catarinense

Azulão
(Cyanoloxia brissonii)



Os campos naturais com seus majestosos Pinheiros-brasileiros estão sendo invadidos por espécies exóticas como o Pinus elliottii. Batalhões de soldados estrangeiros cercam as isoladas Araucárias que tentam com bravura serrana resistir diante dos invasores.  

Essa descrição parece uma cena hollywoodiana, no entanto é real e assutadora, pois os resultados das monocuturas são catastróficas para o equilíbrio do ecossistema, interferindo diretamente na biodiversidade de aves, animais, plantas, insetos, etc.

No entanto, a luta de ecologistas garantiu por força de lei que banhados, nascentes e  margens de rios sejam preservados e impede o reflorestamento exótico nestas áreas. Assim sendo, os impactos se tornam menos agressivos e permite que inúmeras espécies possam encontrar meios de subsistir.

Esse é o caso do azulão, ave extremamente territorialista, não é possível vê-la em bando, se dividem em casais e ocupam uma grande área. Ocorre nas bordas das matas e usa essas áreas para alimentar-se de sementes, frutas e insetos.

Foi nesse tipo de ambiente preservado que hoje existe entre reflorestamentos de pinus que encontrtei essa bela ave, voando de um arbusto para outro com o bico repleto de sementes.  

Creio que um dia os ambientalistas serão reconhecidos por todos como aqueles que lutaram por um desenvolvimento sustentável.



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© Todos os Direitos Reservados - Estas fotos estão protegidas pela Lei do Direito Autoral, Nº 9.610, de 19/02/98. Portanto é proibida qualquer reprodução ou divulgação, com fins comerciais ou não, sem minha prévia autorização. Contato: e-mail - dario_lins@hotmail.com

sábado, 12 de novembro de 2011

Birdwatching na Serra Catarinense

Maitaca-verde
(Pionus maximiliani)


 


O equinócio da primavera trouxe o equilíbrio entre a luz e trevas e as longas noites de inverno como num passe de mágica deram lugar à alvorada. Dia e noite têm agora a mesma duração.  
Estou em Capão Alto na companhia do meu filho e de um amigo. Tão logo o dia amanheceu já nos preparávamos para sair a campo para fotografar. Com a curiosidade que lhe é peculiar meu filho começou a observar a movimentação das aves nos frondosos galhos de uma araucária e com euforia me disse que havia avistado algumas maitacas-verdes alimentando-se de pinhão.

O pinheiro é generoso na serra catarinense, as pinhas que começam a debulhar em meados de abril geralmente terminam no final de julho, no entanto, existe uma variedade da semente conhecida como pinhão-macaco que amadurecem mais tarde, entretanto essas pinhas não debulham e os pinhões não caem. Assim sendo, o macaco-prego (Cebus nigritus) e o bugio (Alouatta fusca) são os responsáveis por sua derrubada e dispersão.
Aproveitando a tardia e generosa oferta de alimento maitacas-verdes com seu forte bico devoravam as últimas pinhas de pinhão-macaco que firmemente se prendiam aos galhos da imponente árvore símbolo da serra catarinense. 



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